Myrtaceae

Plinia rivularis (Cambess.) Rotman

Como citar:

Lucas Jordão; Eduardo Amorim. 2021. Plinia rivularis (Myrtaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

7.629.092,787 Km2

AOO:

548,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

A espécie ocorre nas regiões tropicais e subtropicais da América do Sul, inclusive no Brasil (Grandtner e Chevrette, 2013, Stadnik et al., 2020). No Brasil, apresenta distribuição: no estado do Acre — no município Rio Branco —, no estado de Alagoas — no município Murici —, no estado do Amazonas — nos municípios Barcelos, Coari, Manaus e Tefé —, no estado da Bahia — nos municípios Ibicoara, Ilhéus, Itacaré, Jeremoabo, Jussari, Maracás, Maraú, Santa Cruz Cabrália e Una —, no estado do Espírito Santo — nos municípios Conceição do Castelo, Guarapari, Linhares, Nova Venécia, Santa Teresa, Sooretama e Venda Nova do Imigrante —, no estado do Maranhão — nos municípios Alto Alegre do Pindaré, Grajaú e Santa Helena —, no estado do Mato Grosso do Sul — nos municípios Amambai, Ivinhema e Jateí —, no estado de Minas Gerais — nos municípios Delfim Moreira e Itambé do Mato Dentro —, no estado do Pará — no município Juruti —, no estado do Paraná — nos municípios Amaporã, Campo Mourão, Céu Azul, Cianorte, Congonhinhas, Cornélio Procópio, Diamante do Norte, Foz do Iguaçu, Guapirama, Guarapuava, Icaraíma, Londrina, Luiziana, Matelândia, Medianeira, Morretes, Palotina, Paranavaí, Quedas do Iguaçu, Querência do Norte, Rolândia, São Pedro do Iguaçu, Sapopema, Telêmaco Borba, Tibagi, Tijucas do Sul, Três Barras do Paraná, Tunas do Paraná, Tuneiras do Oeste e Xambrê —, no estado de Pernambuco — nos municípios Rio Formoso e Triunfo —, no estado do Piauí — no município São Raimundo Nonato —, no estado do Rio de Janeiro — nos municípios Cabo Frio, Guapimirim, Itatiaia, Magé, Nova Iguacu, Nova Iguaçu, Paraty, Rio de Janeiro, Santa Maria Madalena, São João da Barra e São Pedro da Aldeia —, no estado do Rio Grande do Sul — nos municípios Alegrete, Derrubadas, Jaguari, Nova Roma do Sul e São Vicente do Sul —, no estado de Santa Catarina — nos municípios Anchieta, Blumenau, Florianópolis, Indaial, Ituporanga, Palhoça, Palma Sola e Rio do Sul —, e no estado de São Paulo — nos municípios Teodoro Sampaio e Ubatuba.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2021
Avaliador: Lucas Jordão
Revisor: Eduardo Amorim
Categoria: LC
Justificativa:

Árvore com até 12 m de altura; com ocorrência nos biomas Amazônia, Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado, em floresta estacional semidecidual, floresta ombrófila densa e floresta ombrófila mista; com distribuição nas regiões tropicais e subtropicais da América do Sul, inclusive no Brasil, onde é registrada em diversos estados e municípios; representada por 176 coletas entre os anos de 1941 e 2016; e sem dados populacionais disponíveis. Considerando: (1) sua ampla distribuição; (2) sua ocorrência em múltiplos biomas e fitofisionomias; (3) seu valor de AOO igual a 564 km² e de EOO igual a 6399183 km²; (4) sua ocorrência múltiplas unidades de conservação; a espécie é categorizada como Menos Preocupante (LC).

Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Bol. Soc. Argent. Bot. 24: 195, 1985. É reconhecida pelas folhas com pecíolos até 10 mm compr., folhas de ápice agudo a acuminado, limbinérveas, nervuras marginais até 1 mm da borda, nervuras secundárias de 13–16 pares (Romagnolo e Souza, 2004). Popularmente conhecida como guapuriti, baporeti e guaramirim (Romagnolo e Souza, 2004).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim
Detalhes: Os frutos do gênero Plinia são comestíveis, conhecidos como jaboticabas (Wilson, 2011).

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Não existem dados populacionais.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Biomas: Amazônia, Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado
Vegetação: Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista
Detalhes: Árvore com até 12 m de altura (Romagnolo e Souza, 2004). Ocorre na Amazônia, Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado, em Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial) e Floresta Ombrófila Mista (Stadnik et al., 2020).
Referências:
  1. Stadnik, A., Caldas, D.K.D., Souza, M.C., 2020. Plinia. Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. URL http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB10845 (acesso em 06 de setembro de 2021)
  2. Romagnolo, M.B., Souza, M.C., 2004. Os gêneros Calycorectes O.Berg, Hexachlamys o.Berg, Myrcianthes o.Berg, Myrciaria o.Berg e Plinia L. (Myrtaceae) na planície alagável do alto rio Paraná, Brasil. Acta bot. bras. 18, 613–627.

Reprodução:

Detalhes: A espécie é monóclina, iterópara, zoocórica ou barocórica. Floresce de agosto a outubro e frutifica em setembro (Romagnolo e Souza, 2004).
Dispersor: Os frutos são drupas, que também podem cair naturalmente.
Síndrome de dispersão: zoochory,barochory
Estratégia: iteropara
Sistema sexual: hermafrodita
Referências:
  1. Romagnolo, M.B., Souza, M.C., 2004. Os gêneros Calycorectes O.Berg, Hexachlamys o.Berg, Myrcianthes o.Berg, Myrciaria o.Berg e Plinia L. (Myrtaceae) na planície alagável do alto rio Paraná, Brasil. Acta bot. bras. 18, 613–627.

Ações de conservação (5):

Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018).
Referências:
  1. Pougy, N., Martins, E., Verdi, M., Fernandez, E., Loyola, R., Silveira-Filho, T.B., Martinelli, G. (Orgs.), 2018. Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro. Secretaria de Estado do Ambiente-SEA: Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro. 80 p.
Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional Lagoas do Sul para a conservação da flora melhorar o estado de conservação das espécies ameaçadas e dos ecossistemas das lagoas da planície costeira do sul do Brasil (ICMBio, 2018).
Referências:
  1. ICMBio - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, 2018. Portaria nº 751, de 27 de agosto de 2018. Diário Oficial da União, 29/08/2018, Edição 167, Seção 1, p. 54. URL https://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/docs-pan/pan-lagoas-do-sul/1-ciclo/pan-lagoas-do-sul-portaria-aprovacao.pdf (acesso em 01 de novembro de 2021).
Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre em Grajaú (MA), município da Amazônia Legal considerado prioritário para fiscalização, referido no Decreto Federal 6.321/2007 (BRASIL, 2007) e atualizado em 2018 pela Portaria MMA nº 428/18 (MMA, 2018).
Referências:
  1. BRASIL, 2007. Decreto Federal nº 6.321, de 21 de dezembro de 2007. Diário Oficial da União, 21/12/2007, Edição Extra, Seção 1, p. 12. URL http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6321.htm (acesso em 01 de novembro de 2021).
  2. MMA - Ministério do Meio Ambiente, 2018. Portaria MMA nº 428, de 19 de novembro de 2018. Diário Oficial da União, 20/11/2018, Edição 222, Seção 1, p. 74. URL http://http://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/50863140/do1-2018-11-20-portaria-n-428-de-19-de-novembro-de-2018-50863024 (acesso em 01 de novembro de 2021).
Ação Situação
5.1.2 National level needed
A espécie ocorre em territórios que poderão ser contemplados por Planos de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território PAT Paraná-São Paulo - 19 (PR), Território Vale do Paraíba - 30 (RJ), Território Rio de Janeiro - 32 (RJ), Território PAT Capixaba-Gerais - 33 (ES), Território Itororó - 35 (BA), Território PAT Espinhaço Mineiro - 10 (MG).
Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental Baía de Camamu, Área de Proteção Ambiental Costa de Itacaré/Serra Grande, Área de Proteção Ambiental da Baixada Maranhense, Área de Proteção Ambiental da Prainha, Área de Proteção Ambiental da Serra de Sapiatiba, Área de Proteção Ambiental de Cairuçu, Área de Proteção Ambiental de Grumari, Área de Proteção Ambiental de Muricí, Área de Proteção Ambiental de Petrópolis, Área de Proteção Ambiental de Sirinhaém, Área de Proteção Ambiental Estadual de Guaratuba, Área de Proteção Ambiental Ilhas e Várzeas do Rio Paraná, Área de Proteção Ambiental Morro da Pedreira, Área de Proteção Ambiental Serra da Mantiqueira, Estação Ecológica de Murici, Estação Ecológica do Caiuá, Floresta Nacional do Amazonas, Monumento Natural Municipal da Lagoa do Peri, Parque Estadual da Costa do Sol, Parque Estadual da Serra do Mar, Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, Parque Estadual das Várzeas do Rio IVinhema, Parque Estadual do Morro do Diabo, Parque Estadual do Turvo, Parque Estadual Paulo César Vinha, Parque Estadual Serra do Aracá, Parque Nacional da Chapada Diamantina, Parque Nacional da Serra da Bocaina, Parque Nacional da Serra da Capivara, Parque Nacional da Serra do Itajaí, Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Parque Nacional da Tijuca, Parque Nacional de Ilha Grande, Parque Nacional do Iguaçu, Parque Nacional do Itatiaia, Parque Nacional Guaricana, Parque Natural Municipal da Prainha, Refúgio de Vida Silvestre da Serra da Estrela, Refúgio de Vida Silvestre de Una, Reserva Biológica das Perobas, Reserva Biológica de Sooretama, Reserva Biológica de Una, Reserva Biológica do Tinguá, Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda Caruara e Reserva Particular do Patrimônio Natural Recanto das Antas.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
1. Food - human natural fruit
Os frutos do gênero Plinia são comestíveis, conhecidos como jaboticabas (Wilson, 2011).
Referências:
  1. Wilson, P.G., 2011. Myrtaceae, in: Kubitzki, K. (Ed.), The Families and Genera of Vascular Plants, Vol. X - Flowering Plants. Eudicots: Sapindales, Cucurbitales, Myrtaceae. Springer, Hamburg.